Confira entrevista com a professora Lígia Maria Costa Pinto sobre o evento, que será realizado no formato online, de 25 a 27 de agosto de 2021.
Por Jéssica Marques
“O SILUBESA é claramente um fórum de troca de experiências e perspectivas. É um evento de aprendizagem mútua. Todo o processo de preparação científica e técnica do evento é partilhado e construído em conjunto, desta forma o evento traduz as prioridades das duas instituições”. Com estas palavras, a presidente da Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental – APESB, professora Lígia Maria Costa Pinto, ressalta a importância do Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental – SILUBESA, que chega à sua décima nona edição.
Promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, em parceria com a APESB e a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos – APRH, o evento será realizado online de 25 a 27 de agosto deste ano. Acesse aqui o site do evento para mais informações.
Confira na íntegra a entrevista com a professora:
ABES Notícias – Esta é a 19º edição do evento SILUBESA – Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Qual é a importância desta parceria e quais são os principais frutos da união entre as associações?
Lígia Maria Costa Pinto – A parceria entre a APESB e a ABES tem sido, ao longo dos diversos anos, muito profícua, seja na coorganização do SILUBESA, seja na presença de membros das nossas associações nos eventos organizados de forma isolada por cada uma. Sendo países muito distintos no que diz respeito aos setores das águas e resíduos, a participação e a coorganização de eventos têm potenciado experiências de aprendizagem e transferência de conhecimento mutuamente benéficas.
ABES Notícias – Como a senhora vê a troca de experiência entre Portugal e Brasil no saneamento?
Lígia Maria Costa Pinto – Ao nível do saneamento, a troca de experiências entre Portugal e Brasil é mutuamente benéfica. A partilha de abordagens de diagnóstico de oportunidades e ameaças para os setores, a concepção de soluções, e o desenvolvimento tecnológico resultante têm se demonstrado como essenciais na criação de um setor mais eficaz e resiliente.
Em um mundo cada vez mais globalizado, em que muitas ameaças são comuns, a troca de experiências e respostas não é um jogo de soma nula, pelo contrário, a troca potencializa o conhecimento, enriquece as metodologias de diagnóstico de problemas e o menu de soluções associadas. Uma abordagem colaborativa entre instituições nacionais e internacionais é absolutamente fundamental em uma realidade em permanente mudança e sujeita a níveis de incerteza crescentes e diversificados.
ABES Notícias – Quais são os principais avanços e desafios de Portugal e como podem servir à experiência brasileira? A Associação acompanha boas práticas brasileiras que tenham se destacado?
Lígia Maria Costa Pinto – Os desafios no setor da água derivam de desafios societais importantes como sejam a percentagem crescente de pessoas a residir em centros urbanos, a rede logística necessária ao abastecimento das áreas urbanas, a crescente escassez de recursos face às exigências de padrões de qualidade de vida cada vez mais exigentes, a crescente mobilidade de pessoas e bens e os impactos ambientais por ela gerados, as alterações climáticas e a necessidade de constante melhoria da eficiência de processos e recursos. A estes desafios acresce a responsabilidade social e ambiental do setor. Os padrões de exigência em todas estas dimensões são crescentes.
Em Portugal, o setor tem registado avanços muito significativos. São diversos os operadores que integram os desafios na sua gestão diária, tendo inovado, transformado e melhorado os seus sistemas e os serviços prestados. Contudo, muitas das inovações ainda carecem de alguma escala. A criação de fóruns de troca de experiências entre operadores é da máxima importância e constitui uma preocupação para ambas as associações. O SILUBESA é por natureza o evento privilegiado para que essa troca se materialize.
ABES Notícias – Em sua avaliação, qual a relevância do SILUBESA para o setor e para as associações envolvidas?
Lígia Maria Costa Pinto – O SILUBESA é claramente um fórum de troca de experiências e perspectivas. É um evento de aprendizagem mútua. Todo o processo de preparação científica e técnica do evento é partilhado e construído em conjunto, desta forma o evento traduz as prioridades das duas instituições.
Nesta edição, temas como alterações climáticas, os desafios do setor em termos de saúde pública e crises sanitárias, o nexus água e energética, a gestão de águas pluviais, entre outros serão abordados numa perspectiva transnacional e sempre que possível transdisciplinar, contribuindo para a identificação vetores de resiliência do setor face aos desafios identificados. Da minha perspectiva o SILUBESA é a maior plataforma de troca de conhecimento e experiências nesta área entre Portugal e Brasil.
ABES Notícias – Quais são suas expectativas para o evento, que será online neste ano?
Lígia Maria Costa Pinto – O Programa é muito completo, e com excelentes oradores. Logo, as expectativas são obviamente muito boas. Estamos convencidos e empenhados num evento de sucesso, que apesar de limitado pela contingência da sua realização online, permitirá também uma participação mais alargada por essa mesma razão.
ABES Notícias – Como a senhora avalia a participação das mulheres no setor, em Portugal?
Lígia Maria Costa Pinto – A minha percepção é de que o setor de águas em Portugal tem seguido a evolução dos restantes setores, ou seja, caracteriza-se por uma crescente presença de mulheres quer em cargos técnicos, quer dirigentes. Contudo, existem neste como em outros setores, desafios importantes de raiz cultural, que pela sua natureza, acontecem de forma lenta atravessando gerações.
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