Com o objetivo de promover o desenvolvimento da engenharia sanitária e ambiental e a atualização técnico-científica de profissionais e estudantes, o evento acontece em Recife e em plataforma digital exclusiva até esta sexta-feira (30).
“Reúso de água como estratégia para uma gestão mais eficiente da água: da teoria à prática”. Este foi o tema do segundo Painel do 21º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental – Silubesa 2024, na manhã desta quarta-feira, 28 de agosto.
Trazendo como tema central “Água e Nosso Futuro”, o evento é uma realização da ABES, da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH) e da Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB). O Silubesa acontece até esta sexta-feira, 30 de agosto, de forma híbrida – presencial, no Mar Hotel, na cidade de Recife, em Pernambuco, e em plataforma digital exclusiva.
O reuso de água, conforme apontado pelas metas 6.3, 6.4 e 6.6 do ODS6 (Água e Saneamento para todos) é um instrumento estratégico para o alcance de uma gestão mais eficiente da água. A inclusão de uma fonte sustentável ou de origem alternativa na matriz hídrica tem o objetivo de diversificá-la de forma a minimizar os impactos das alterações do clima e favorecer a segurança hídrica regional.
Para aprofundar o debate, o painel teve como palestrantes Maíra Lima, vice-diretora do Instituto Reúso de Água, Carina Almeida, professora da Universidade Lusófona e membro da direção da APRH; e Luiz Fernando Bezerra, diretor da Láguaz Inteligência em Reuso de Águas. O moderação foi Artur Ricardo Macedo dos Santos, membro da Câmara Temática de Dessalinização e Reúso da ABES e coordenador de micromedição na Gestão de Equipes da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Abrindo os trabalhos, Maíra Lima apresentou o Instituto de Reúso de Água, que atua no desenvolvimento de uma sociedade consciente em termos de usos da água.
O palestrante Luiz Fernando Bezerra falou sobre como estruturar um projeto de reúso de efluentes e explicou como a empresa Laguaz oferece soluções inovadoras para tratamento e reúso de águas e como atua nesses processos.
Por sua vez, Carina Almeida discorreu sobre o planejamento e gestão holístico de água e explicou como projetar o reúso de forma mais sustentável e eficiente e incluir todos os atores de água utilizadores. “Esta interação entre Portugal e Brasil é muito importante. Faltamos a mesma língua e só isso já facilita muito a comunicação. E acho que sendo dois países de continentes diferentes há muito a aprender e muita troca de conhecimento e experiência para partilhar. Portanto é o lugar certo para vir falar deste tema, que é fundamental”, enfatizou a professora Carina Almeida, ao final do debate.