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Artigo: Saneamento conjunto de Rio e São Paulo

Leia a análise do diretor nacional da ABES, Joper Padrão do Espírito Santo, publicada nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, no site do jornal O Globo (link para o site do jornal).

 

Quando o Presidente Eurico Gaspar Dutra inaugurou a Rodovia Presidente Dutra em 1951, já pensava na união dos dois Estados mais importantes da federação, responsável por 50 % do transporte do PIB nacional. Rodovia cercada por símbolos positivos para o desenvolvimento econômico e social do país e hoje ela poderá ser o símbolo da aliança para o desenvolvimento do saneamento.

As contas de anos de um Estado ineficiente chegam pesadas e afundam o Rio a cada dia. Em 2017, o Estado do Rio de Janeiro tomou um empréstimo via governo federal para poder respirar financeiramente, e assumiu compromissos, dentro do plano de recuperação fiscal, de promover ajustes, inclusive na Cedae, estatal Fluminense de saneamento.

Qualquer governo que queira ser lembrado como moderno e eficaz precisa equalizar a questão do saneamento, porque só ele tem a capacidade de, ao mesmo tempo, melhorar a saúde humana e promover o desenvolvimento sustentável, movimentando a economia – com investimentos e geração de empregos – e valorizando o meio ambiente, dentre outros benefícios.

Por isso, se fôssemos apontar uma direção para a resolução de grande parte dos problemas, diríamos que o saneamento básico deve estar na pauta prioritária do Governador do Rio, Wilson Witzel, que pretende fomentar o turismo como o “novo petróleo” do Estado, como disse em seu discurso de posse. Um homem público corajoso e com iniciativas inovadoras em favor da população.

E este cenário é uma grande oportunidade para outro governador que tem batido na tecla da gestão eficiente na condução do Estado, o governador de São Paulo, João Dória Jr. Ele tem em mãos a chance de realizar a maior parceria do setor de saneamento da história do Brasil. E, como bom empreendedor que é, reafirmar sua marca no mundo empresarial e da administração pública.

Como isso é possível? Sabe-se sobre os movimentos do governo paulista para criação da Holding da Sabesp, a maior do setor de saneamento das Américas.

Com o espírito de união desses dois governantes, poderemos ter um desenho de fusão, ou de aliança entre a Sabesp e a Cedae, para efetivar a universalização dos serviços de saneamento no Estado do Rio.

Além de resolver a questão do saneamento e promover etapa importante do ajuste fiscal do Estado do Rio de Janeiro, a união da CEDAE com a SABESP trará um novo prisma para a discussão a respeito da Medida Provisória 868, que tem por objetivo alterar o marco legal do saneamento: a lógica ainda mais forte da promoção do ganho de escala.

Temos assim, neste início de ano, dois governadores com vontades e discursos parecidos, de que vão fazer as coisas diferentes, impactantes, com gestão moderna, inovadora e eficiente. Ambiente favorável para a união de um setor tão importante para o desenvolvimento sustentável e que foi tão relegado nos últimos anos. Como diriam os mais jovens, estes da geração da inovação, #ficaadica.

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Joper Padrão do Espirito Santo

Especialista em Planejamento Estratégico e Saneamento Ambiental

 

 

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