Integrantes do programa Jovens Profissionais do Saneamento – JPS, que venceram as Olímpiadas JPS do Congresso ABES FENASAN 2017, participaram do 8º Fórum Mundial da Água, que ocorreu entre os dias 18 e 23 de março, em Brasília/DF.
A vitória no torneio, que busca testar o conhecimento sobre a área de saneamento e reuniu equipes formadas pelos núcleos do JPS em todo o país, garantiu a duas delas (oitos jovens, no total), ambas do Estado de Goiás, ingressos e hospedagem para o evento que bateu recorde de público nesta edição – cerca 120 mil pessoas. O Fórum Jovem emitiu declaração com recomendações para a gestão da água. Acesse aqui.
A grande campeã da competição, na ocasião, foi a equipe Ipê do Machado, formada por Cláudia Alves de Souza, Augusto Antônio Ribeiro Silva, Guilherme Carneiro e Marcela Félix. Já o segundo lugar ficou com a equipe Aroeira, composta por Valéria Moreira, Ana Paula Soares, Yara Vanessa Portugez Fonseca e Anselmo Claudino.
Os jovens contaram como foi a experiência de participar do fórum, realizado pela primeira vez no Hemisfério Sul, o quanto puderam aprender, ter uma visão mais ampla sobre água, saneamento e demais temas discutidos no evento:
Leia a seguir:
“Participar do 8º Fórum Mundial da água foi uma experiência singular. A possibilidade de acompanhar discussões de alto nível com lideranças do mundo inteiro foi espetacular. O Brasil marcou a história nas edições do Fórum fazendo o encontro de juízes e promotores e também com a Vila Cidadã, que pôde trazer a comunidade para despertar para as questões de gestão de recursos hídricos. Tive a oportunidade de ver quais as medidas estão sendo tomadas no mundo inteiro para combater a crise. Como monitoramento hídrico tem se tornado cada vez mais indispensável na gestão desse recurso, afinal “não se pode gerir o que não foi medido”, como dito em vários painéis. Também pude ver debates sobre gestão de conflitos, desastres naturais e bacias transfronteiríças. Tecnologias abertas também foi um tema muito abordado. Financiamento de projetos de recursos hídricos para melhorar o acesso a água a populações em situação crítica. O empoderamento de mulheres e jovens como protagonistas da gestão hídrica, marcando presença em todos os painéis. Também vi alguns painéis que levantaram muita polêmica, como Alocação de água e sobre a gestão pública e privada do saneamento. Esses no cenário nacional serviram para deixar os brasileiros atentos e chamá-los para adotar uma postura mais reativa para o que os governantes estão tentando fazer com o saneamento e acesso a água no país, principalmente nas propostas de alterações da Política Nacional de Recursos Hídricos e na Medida Provisória do Saneamento, que a ABES já se posicionou contraria. Quando ganhei o prêmio já estava em um excelente evento que foi o ABES/ FENASAN 2017, mas participar do Fórum superou todas as expectativas valeu cada minuto da Olimpíadas JPS.” Yara Vanessa Portuguez Fonseca, 29 anos, Tecnóloga em Saneamento Ambiental
“O fórum foi enriquecedor. Ter a possibilidade de ouvir sobre o tema água de pesquisadores internacionais de renomadas instituições foi uma oportunidade única. Pude perceber o quanto os pesquisadores, políticos nacionais/internacionais estão preocupados com o acesso, a disponibilidade, o tratamento e a qualidade da água e esgoto das populações mais pobres. Como fazer isso é que se mostrou um desafio gigante para os países em desenvolvimento. Outro ponto muito importante e que esteve presente em diversos painéis foi o impacto das mudanças climáticas sobre a água. O Brasil é importante nesse cenário, uma vez que detém área extensa da Floresta Amazônica em seu território, e este bioma é considerado a chave para produção de água, da manutenção do clima global”. Claudia Alves de Souza, 35 anos, bióloga na Saneago, formada em Biologia pela UFG e Mestre em Engenharia Ambiental e Sanitária (PPGEAS/UFG)
“Ao participar do Fórum Mundial da Água, pude ter uma visão mais ampla do problema de água. Os países mais desenvolvidos também enfrentam problemas de falta de água e as suas experiências foram boas e ruins. Adquiri muito conhecimento, chego à conclusão que o problema da água é mundial e temos soluções para contornar a crise hídrica.” Augusto Antonio Ribeiro Silva, 26 anos, engenheiro eletrecista, na Saneago
“Considerei muito gratificante a participação no Fórum Mundial da Água devido ao intercâmbio de experiências na área de saneamento. Este evento é extremamente pertinente, tendo em vista que não há um país no mundo que não se preocupe com a segurança hídrica: desde aqueles que possuem água em abundância, mas não possuem infraestrutura adequada, como é o caso do Brasil, até os que contam com plena infraestrutura, mas temem a escassez futura.” Guilherme Victor Humberto Soares Carneiro, 29 anos, engenheiro civil, na Saneago
“Fui relatora de dois painéis e um Fórum Cidadão. A experiência foi riquíssima! Conhecemos jovens que atuam na área de água e saneamento do mundo todo.
Pude conhecer mais sobre técnicas avançadas de tratamento de água e esgoto. Participar de discussões esclarecedoras sobre o rumo do saneamento no Brasil
E claro, participar do lançamento do Rio Water Week 2018 da ABES.” Marcela Felix de Paula, 30 anos, formada em Biologia pela UFG e MBA de Gestão de Projetos pela USP, Agente Administrativo, na Saneago
“A minha experiência no 8º Fórum Mundial da Água foi muito enriquecedora, visto que com o atual cenário de crise hídrica temos que estar atentos as novidades em relação a gestão de recursos hídricos no Brasil e no mundo, buscando o uso racional e sustentável destes”. Valéria Moreira Silva, 28 anos, Engenheira Ambiental, Técnica Industrial, na Saneago
“Foi uma experiência muito gratificante que me proporcionou conhecer diferentes práticas realizadas em vários países visando solucionar os problemas relacionados à água.” Ana Paula Soares, 30 anos, Engenheira Ambiental, MBA em Sistemas de Abastecimento de Água
“O fórum foi um evento muito rico de experiências e conhecimentos compartilhados entre pessoas de diferentes partes do mundo sobre a gestão da água, me surpreendeu a quantidade de países e chefes de Estados engajados com a questão hídrica. Durante o evento, ficou evidente a importância da água para todas as formas de vida, principalmente para a vida humana, sendo que o acesso a este recurso é um direito fundamental para a vida e para os direitos humanos. Para mim, um dos temas mais relevantes discutidos no fórum foi acerca do impactos das mudanças e/ou variabilidade climática sobre os recursos hídricos, o que exige medidas de adaptação, mitigação e resiliência. Este assunto chama a atenção, pois vivenciamos em várias partes do país, inclusive na região metropolitana de Goiânia, problemas com estiagens cada vez mais severas, criando cenários de escassez hídrica o compromete ou poderá comprometer o fornecimento de água para muitas famílias. Destaco ainda as discussões realizadas quanto a criação de mercados de água, as experiências apresentadas pela Austrália, que já possui estrutura para comercialização de outorgas de uso de recursos hídricos em mercados abertos, bem como as experiências americanas e do Chile. Percebo que o nosso país tem tentado avançar nesta proposta, inclusive com a proposição de Projetos de Leis e Medidas Provisórias neste sentido, entretanto, vejo com muito receio este caminho, visto que não podemos colocar um recurso fundamental para vida como simples mercadoria. Aliás, em um painel que discorreu sobre Abastecimento Público ou Privado, ficou evidente que a privatização da água ou mesmo das companhias de abastecimento público não é o melhor caminho, inclusive a experiência compartilhada da cidade de Paris deixa isto muito claro. Acredito que após o fórum toda a juventude, inclusive os JPS da ABES, devem se engajar para enfrentar estes dois temas desafiadores: os impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e a proposta de mercantilização das águas e dos serviços de saneamento básico. Isso deve ser feito focado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em especial o Objetivo 6 – Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”. Anselmo Claudino de Sousa, 30 anos, Me. Engenharia do Meio Ambiente, analista ambiental do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e professor assistente da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
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